Fazenda Boa Esperança

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A Fazenda Boa Esperança, situada na Zona Rural de Belo Vale-MG, a 85 km da capital mineira, foi construída no último quartel do século XVIII, provavelmente no ano de 1790.

Pertenceu a família Monteiro de Barros de nobre estirpe senhor Romualdo José Monteiro de Barros -Barão do Paraopeba- e a senhora Francisca Constância Leocádia da Fonseca-Baronesa do Paraopeba.

A fazenda tornou-se um dos principais estabelecimentos rurais da região, servindo de hospedagem  a D. Pedro II em suas viagens por Minas. Anos mais tarde, legadas pelo esgotamento do ouro nas terras da fazenda, o Barão passou a cultivar a terra e a sua produção além de atender o consumo próprio também abastecia a capital da província, Ouro Preto. O bom desempenho do latifúndio proporcionou ao Barão poderes econômicos e títulos como: membro da Junta Governativa da independência do Brasil em 1822 e duas vezes Presidente da Província de Minas Gerais. Estima-se que mais de 800 escravos tenham vivido neste local.

A fazenda possui uma ermida (capela) dedicada a Nosso Senhor dos Passos usada nas celebrações, em seu interior há um belíssimo retábulo de altar-mor todo entalhado em estilo rococó, atribuído ao português Francisco Vieira Servas. Ainda no interior da ermida, podemos observar diversas pinturas parietais e um lindo forro atribuídos ao Mestre Ataíde. Todo conjunto arquitetônico foi tombado pelo IPHAN pelo processo de Nº 569-T na folha de Nº 84 de 27-08-1959. Incorporado ao patrimônio do IEPHA-MG pela lei de Nº6485 de 25-09-1974 e, posteriormente, tombada pelo IEPHA-MG através do decreto Nº 17.009 de 22-02-1975.

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